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O que é: Operação Compromissada

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A operação compromissada, também conhecida como repo (do inglês repurchase agreement), é uma transação financeira muito utilizada no mercado de capitais. Ela consiste em um acordo de compra e venda de títulos públicos ou privados, com a promessa de recompra desses mesmos títulos em uma data futura pré-determinada.

Essa operação é realizada entre duas partes: o vendedor, que é o detentor dos títulos, e o comprador, que é o investidor interessado em adquirir esses títulos temporariamente. O objetivo principal da operação compromissada é oferecer liquidez ao mercado, permitindo que os investidores obtenham recursos de curto prazo, enquanto os detentores dos títulos conseguem obter um retorno financeiro.

Como funciona a Operação Compromissada?

A operação compromissada funciona da seguinte maneira: o vendedor dos títulos transfere a posse desses ativos para o comprador, recebendo em troca um valor financeiro correspondente ao valor dos títulos. Esse valor é chamado de valor nominal ou valor de face dos títulos.

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Além disso, é estabelecida uma taxa de juros que será paga pelo comprador ao vendedor durante o período da operação. Essa taxa é conhecida como taxa de remuneração ou taxa de retorno. Ela é definida de acordo com as condições de mercado e pode variar de acordo com a oferta e demanda pelos títulos envolvidos na operação.

Após um determinado prazo, previamente acordado entre as partes, o comprador revende os títulos de volta ao vendedor, recebendo de volta o valor nominal dos títulos mais os juros acordados. Dessa forma, o comprador obtém um retorno financeiro sobre o investimento realizado na operação compromissada.

Tipos de Operação Compromissada

Existem dois tipos principais de operação compromissada: a operação compromissada com garantia e a operação compromissada sem garantia.

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A operação compromissada com garantia ocorre quando os títulos envolvidos na transação são dados como garantia pelo vendedor ao comprador. Essa garantia serve como uma forma de proteção para o comprador, caso o vendedor não cumpra com a recompra dos títulos na data acordada. Nesse caso, o comprador pode vender os títulos no mercado para recuperar o valor investido.

Já a operação compromissada sem garantia não envolve a transferência de títulos como garantia. Nesse caso, o comprador confia na palavra do vendedor de que os títulos serão recomprados na data acordada. Essa modalidade é menos comum e geralmente é realizada entre instituições financeiras de confiança mútua.

Finalidade da Operação Compromissada

A operação compromissada possui diversas finalidades no mercado financeiro. Entre as principais, podemos destacar:

1. Obtenção de recursos de curto prazo: os investidores podem utilizar a operação compromissada para obter recursos financeiros temporários, sem a necessidade de vender seus títulos de forma definitiva.

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2. Ajuste de liquidez: a operação compromissada permite que os investidores ajustem sua liquidez de acordo com suas necessidades. Caso necessitem de recursos imediatos, podem realizar a operação compromissada para obter liquidez. Caso contrário, podem recomprar os títulos e manter sua posição no mercado.

3. Arbitragem: a operação compromissada também pode ser utilizada para realizar operações de arbitragem, aproveitando as diferenças de preços entre os títulos no mercado. Os investidores podem comprar títulos a um preço mais baixo e revendê-los a um preço mais alto, obtendo um lucro com a diferença.

Riscos da Operação Compromissada

Apesar de ser uma operação comum e amplamente utilizada, a operação compromissada também apresenta alguns riscos para os investidores. Entre os principais riscos, podemos citar:

1. Risco de crédito: caso o vendedor dos títulos não cumpra com a recompra na data acordada, o comprador pode ficar exposto ao risco de crédito. Isso significa que o comprador pode perder o valor investido na operação compromissada, caso não consiga vender os títulos no mercado.

2. Risco de mercado: os preços dos títulos podem variar ao longo do tempo, de acordo com as condições de mercado. Caso os preços dos títulos caiam significativamente, o comprador pode ter prejuízos na operação compromissada, caso precise revender os títulos antes da data acordada.

3. Risco de liquidez: em momentos de crise ou instabilidade financeira, pode haver dificuldade em encontrar compradores para os títulos no mercado. Isso pode dificultar a recompra dos títulos pelo vendedor na data acordada, gerando riscos para ambas as partes envolvidas na operação compromissada.

Conclusão

Em resumo, a operação compromissada é uma transação financeira que oferece liquidez ao mercado, permitindo que os investidores obtenham recursos de curto prazo. Ela funciona através da compra e venda temporária de títulos, com a promessa de recompra desses títulos em uma data futura. Apesar de ser uma operação comum, é importante que os investidores estejam cientes dos riscos envolvidos, como o risco de crédito, risco de mercado e risco de liquidez.

Sobre o Autor

Gustavo Barros
Gustavo Barros

Entusiasta de finanças e investimentos, compartilhando insights e estratégias acionáveis para um investimento inteligente.